Olhar
e ver a obra da Ana Negrão
Começo por uma declaração de
interesses. Sou amigo da Ana Negrão. O meu tempo acidentado dos últimos tempos
não me permite o texto que a Ana merecia. Mas mesmo assim vou tentar e ver o
trabalho da Ana Negrão com aquilo que os meus olhos viram.
Um grande poeta português, Ruy Belo
de seu nome e meu amigo, escreveu um verso feliz que posso aplicar às
picto/histórias poéticas da Ana: "eu aprendi a ver na minha infância."
E acrescento: é preciso ver e ler esta OBRA com os olhos da infância porque as
crianças estão sempre lá ou por perto, porque a Ana adora trabalhar com crianças,
a Ana criança adulta está sempre presente.
Nasceu em 1980 e já viveu e viajou
por muito mundo. Que temas destaco eu para além da infância? A Natureza, o Belo
e o Feio, a Sensualidade e o Desejo, enfim, a Vida. Porque é sempre da Vida que
se trata. E também da denúncia do Mal.
Comecei por dizer que conheço
relativamente bem a Ana e a sua vida. E que sempre admirei a sua resiliência, a
sua capacidade de luta, o seu inconformismo, a admiração pela mãe solteira. Isto
é, o seu papel de mãe e pai! A extraordinária mãe da pequena Salomé, minha neta
adoptiva sempre!
Olhem e vejam a OBRA
pictórico-poética da Ana nas suas metáforas da vida vivida e na sua
inquebrantável vontade de ultrapassar as suas barreiras, de vencer os seus fantasmas,
os seus medos e com a minha certeza de que nunca se irá conformar.
Nesse inconformismo reside a sua
maior Força. E Força, Ana! Tens o mundo todo à tua frente e ao teu alcance. E
eu espero continuar a Olhar e Ver o teu trabalho sempre com a certeza que está
no Bom Caminho. E também como dizia o poeta, " o caminho faz-se
caminhando". E só há um critério para o êxito: trabalho, trabalho,
trabalho! E alguma sorte e aquilo a que se chama Boa Imprensa. Isso ajuda
muito.
José Antunes Ribeiro, JAR, (Poeta e
Editor)
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